Fibromialgia x DTM

A síndrome de fibromialgia é uma desordem sistêmica, dolorosa e crônica,  caracterizada por dor músculo esquelética difusa e presença de  “tender points”( pontos sensíveis à digitopressão) . Estes pontos geralmente encontram-se dispersos por todo o corpo, bilateralmente, tanto em membros superiores quanto inferiores, podendo chegar a 18 pontos sensíveis.

Apesar da dor e dos pontos dolorosos presentes na síndrome se localizarem nos músculos, os indivíduos acometidos por esta síndrome apresentam um quadro de alodinia generalizada. Acredita-se atualmente que a alodinia,  tenha sua origem em uma amplificação da nocicepção pelo sistema nervoso central e não em uma patologia muscular específica.

Ocorre, portanto,uma amplificação de muitas sensações. Há relatos de hipersensibilidade a luz, barulho, toque e cheiros. Sintomas alérgicos como rinites, erupções cutâneas, etc. podem ocorrer sem existir uma verdadeira alergia.

 É considerada uma síndrome porque engloba uma série de alterações clínicas como dor, fadiga crônica, indisposição, distúrbios do sono e até mesmo depressão. Acomete mais  gênero feminino numa proporção(5 a 9 mulheres para 1 homem), entre 40 e 60 anos, podendo ocorrer também na infância sem diferença significativa entre os sexos, e em idosos.

Seus sintomas coincidem com algumas manifestações de doenças tais como síndrome do cólon irritável, cefaléia tensional e migrânea, cistite intersticial e síndrome de alergias múltiplas.

Atualmente muitos artigos tem citado a fibromialgia como  uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. A justificativa  é o  fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. Porém este fato  não implica diretamente em  deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia por provocar quadros crônicos de dor  pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional.

Não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, o que dificulta o mesmo, sendo subjetivo e  estabelecido pela presença de dor à palpação em pelo menos 11 dos 18 pontos de gatilho mapeados como freqüentes nos portadores desta síndrome , pela persistência da queixa dolorosa por um período maior do que três meses nos 4 quadrantes do corpo, assim como na coluna cervical, dorsal, lombar ou na parte anterior do tórax;.

Alguns autores, consideram a presença de 5 pontos dolorosos associados a 3 critérios menores como : alteração de sono, fadiga,dores de cabeça, etc. como suficientes  para o diagnóstico.

Estima-se que ela atinja 2% a 4% da população mundial, acometendo com maior freqüência mulheres (5 a 9 mulheres para 1 homem), entre 40 e 60 anos, podendo ocorrer também na infância sem diferença significativa entre os sexos, e em idosos.

Comumente os pacientes relatam  dor facial e/ou de cabeça. Estas dores são relatadas, na literatura, como resultado de uma rigidez intensa ou contratura exagerada da musculatura cervical e/ ou dos ombros, o que leva a uma dor irradiada para a cabeça ou face.

A dor  muscular por DTM pode ser uma comorbidade da fibromialgia, pode ter uma relação de interdependência, apesar de não ter sido totalmente estabelecida pois, pacientes que apresentam dor generalizada podem ser mais susceptíveis a dor provenientes de patologias que promovem dor localizada(como as DTMs).

Muitos estudos citam que pacientes com fibromialgia também apresentam sintomas de DTM. Porém, poucos conseguem fazer uma correlação clínica ente DTM e fibromialgia.

Um outro fator a ser levado em conta é que 1/3 dos portadores de Fibromialgia apresentam sinais e sintomas de dor miofacial. Estes altos índices sugere  que  deverá ser feito um diagnóstico diferencial, pois ela poderá  estar ocorrendo concomitantemente a fibromialgia e não como parte integrante da mesma.

Tratamento

Seu tratamento é multidisciplinar, esclarecimento do paciente , eliminação dos fatores agravantes e perpetuantes, tratamento farmacológico ( atualmente utilizam-se antidepressivos, anticonvulsivantes, sedativo,hipnóticos, antiinflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares, ilfiltração anestésica nos pontos sensíveis) e intervenções não-farmacológicas (acupuntura, hipnoterapia, condicionamento físico, terapia física e  terapia comportamental)

  • Alodinia: presença de dor através de estímulos que não são para provocar dor, por exemplo, quando passamos uma algodão na pele não sentimos dor, mas nestes pacientes este estímulo não nocivo provoca dor)
  • Nocicepção : percepção do estímulo doloroso pelo sistema nervoso central
  • Digitopressão: pressão digital, geralmente a pressão média exercida é de 4kg

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