Desenvolvimento facial x Respirador bucal

A incidência de crianças que respiram pela boca e não pelo nariz, é muito grande. As causas são as mais variadas e devem ser levadas em consideração pelo ortodontista ou ortopedista funcional maxilar. Quando há correções preventivas, interceptativas ou ortopédicas à serem realizadas em crianças e por ventura está associada uma respiração bucal, esta deve ser tratada com o médico competente (Otorrinolaringologista). E por sua vez o ortodontista fará a parte que lhe compete.
O fato de respirar pela boca induz ao crescimento atípico da face e/ou maxilares, promove interposições erradas da língua e lábio, hipertonia dos músculos periorais.Consequentemente a oclusão ou mordida do paciente será afetada.

 Pelo fato de a respiração ser uma das funções vitais de nosso organismo, o seu desequilíbrio causa alterações em vários órgãos e sistemas. O tratamento requer conhecimento de profissionais especializados em várias áreas, dependendo assim, de uma atuação multidisciplinar.

  A qualidade do ar que penetra no organismo pelas vias aéreas superiores é inigualável. Somente as cavidades nasais possuem as condições perfeitas para filtrar partículas e microorganismos do ar e fazer com que ele chegue aos pulmões na temperatura ideal, favorecendo o organismo com uma excelente oxigenação e, conseqüente melhoria na qualidade de vida.

  A causa mais comum da respiração bucal é a obstrução das vias respiratórias devido à hipertrofia (aumento) das tonsilas faringeanas ( adenóide), à hipertrofia do tecido conjuntivo que reveste as conchas nasais; ao desvio de septo nasal ( que pode ser provocado por traumas de acidentes domésticos ou parto) ou à hipertrofia das tonsilas palatinas (amígdalas). As tonsilas geralmente sofrem hipertrofia devido à problemas alérgicos (rinite, sinusite, bronquite), como defesa do organismo. É provável que crianças que recebam aleitamento materno, sobretudo nos primeiros meses de vida, tenham maiores possibilidades de serem respiradores predominantemente nasais.

  A criança que respira de forma predominantemente bucal vive de boca entreaberta. Está sujeita a alterações de cor e volume da gengiva provocadas pelo ressecamento da boca. Normalmente, esse paciente perde a tonicidade da musculatura facial e, mesmo após solucionar os problemas obstrutivos, ainda pode apresentar dificuldade em manter a boca fechada. Na maioria das vezes esse indivíduo chega na fase adulta, apresentando uma má oclusão, classe II – queixo para trás, mais propenso a apresentar alterações funcionais envolvendo a articulação Temporo – Mandibular (ATM). Dependendo da idade, esse paciente, já sofreu alterações significativas na arcada e na face: 
– Estreitamento da arcada dentária superior e ossos adjacentes.
– Palato profundo
– Protusão da maxila (vai para frente )
– Retrusão da mandíbula ( vai para trás)
– Face longa e entristecida, olhos caídos, olheiras profundas, lábios entreabertos, hipotônicos (flácidos) e ressecados, narinas estreitas, bochechas com musculatura hipotônica e má oclusão.
– Modificações corporais com elevação da cabeça e ombros jogados para frente, comprimindo a região torácica para compensar a hiperextensão anterior do pescoço, musculatura abdominal pode encontrar-se distendida, relaxada de forma compensatória, alterando o funcionamento do diafragma.
– A fala também pode apresentar-se prejudicada.
A principal contribuição que o ortodontista pode dar ao tratamento do paciente respirador bucal está relacionada à expansão da arcada superior, promovendo um aumento da capacidade das vias aéreas superiores. O tratamento multidisciplinar beneficia à todos, pois está comprovado que os métodos diagnósticos utilizados pela Medicina são excepcionalmente úteis ao trabalho do ortodontista e do fonoaudiólogo.

  Atualmente, os médicos evitam ao máximo a remoção cirúrgicas das amídalas e adenóides, pois esse problema tende a se normalizar na adolescência. O auxilio do otorrinolaringologista é essencial para determinar os locais da obstrução à respiração nasal, o que orienta o caminho a ser tomado.

  O fonoaudiólogo, promove exercícios e treinamentos respiratórios, com ênfase no funcionamento correto do diafragma, estão incluídos na terapêutica que visa à recuperação do padrão respiratório nasal. 

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